Casos de cólera em Angola aumentam e fazem 18 mortes
13 de janeiro de 2025O surto de cólera que se iniciou na província de Luanda, com epicentro no bairro do Paraíso, município do Cacuaco, com um total de 94 casos e seis óbitos, estendeu-se esta semana às províncias do Bengo (12 casos) e do Icolo e Bengo (9 casos, 1 óbito)
Estão em processamento no laboratório nacional de referência, 16 amostras de casos suspeitos.
Os 224 casos notificados referem-se a pessoas com idades compreendidas entre 2 e 70 anos, dos quais 103 são do sexo masculino e 121 do sexo feminino.
O Governo angolano fez hoje um apelo à população para ter cuidados preventivos face ao aumento dos casos de cólera, que se podem agravar com as chuvas dos próximos meses.
"Dada a rápida progressão de casos e mortes, existe um alto risco de expansão do surto a todo o país, especialmente em áreas densamente povoadas com acesso limitado à água potável e fraco saneamento", referiu o Ministério da Saúde angolano num comunicado.
O surto foi agravado pela precipitação das últimas semanas, uma "situação que poderá agravar-se ainda mais, com a chegada da época de chuvas mais intensas no mês de março e abril".
A cólera "é uma doença grave e contagiosa transmitida pelo consumo de água ou alimentos contaminados pelo micróbio da doença e pode levar à morte se a pessoa doente não for tratada rapidamente", alerta o Ministério, que recomenda aos angolanos comportamentos preventivos.
Lavar frequentemente as mãos, tratar a água potável com gotas de lixívia, ferver a água, lavar a comida crua com água fervida ou tratada com lixívia ou desinfetar as casas de banho são algumas das recomendações das autoridades de saúde.
Nos casos suspeitos, deve-se "dar muitos líquidos ou um soro caseiro", com água fervida, açúcar e sal, antes de transportar o doente para uma unidade de saúde.