Covid-19 na Guiné-Bissau: "É cedo para baixar a guarda"
14 de setembro de 2020"Efetivamente pelos números que temos vindo a partilhar e temos analisado, parece que está a estabilizar, porque a variação de novos casos não é discrepante de uma semana para a outra", afirmou esta segunda-feira (14.09), em Bissau, o secretário do Alto Comissariado para a Covid-19 na Guiné-Bissau, quando questionado sobre a evolução da doença no país.
A Guiné-Bissau registou nas últimas nove semanas uma variação entre 51 e 28 novos casos semanais. "Mas isso não quer dizer que estejamos no fim da pandemia. São situações que continuam a merecer a nossa atenção e preocupação, porque também estamos a ter ações e a refletir sobre essa evolução para melhor a compreendermos", alertou Plácido Cardoso, que também é médico.
Para o representante da equipa guineense de combate à Covid-19, é preciso continuar a exortar as pessoas para o cumprimento das normas, nomeadamente o uso obrigatório de máscara, distanciamento e lavagem frequente das mãos. "Ainda é muito cedo para pensarmos que devemos baixar a guarda", salientou.
Novos casos
Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Alto Comissariado para a Covid-19 indicam que foram registados no país 28 novos casos e que há um total acumulado de 2.303. O número de recuperados subiu para 1.472 e há registo de 39 vítimas mortais.
Questionado pela agência de notícias Lusa sobre o aumento dos testes junto da população, o médico guineense disse que é uma das prioridades do Alto Comissariado.
"Só testando mais e mais podemos ter a ideia e os elementos epidemiológicos sobre o estado das populações. Testamos menos 20.000 e o nosso objetivo é aumentarmos", afirmou.
Testes no país
O secretário do Alto Comissariado para a Covid-19 disse também que atualmente quatro regiões, além de Bissau, já estão a realizar testes.
"Mas o nosso objetivo é criar condições para haver mais postos de testagem não só em Bissau, como nas restantes regiões sanitárias do país", disse.
A Guiné-Bissau já realiza testes gratuitos para viajantes, mas vai também começar a testar de forma maciça grávidas, pessoas com mais de 60 anos de idade e portadores de doenças crónicas, disse.