Número de infeções dispara, mas Gana reabre escolas
18 de janeiro de 2021O governo do Gana decidiu avançar com a reabertura das escolas nesta segunda-feira (18.01), após 10 meses de paralisação nas aulas. Os alunos voltam às salas de aula quando as taxas de infeção por Covid-19 do Gana estão a disparar e incluem novas estirpes do coronavírus, que não foram vistas anteriormente no país.
Os centros de tratamento estão cheios e o governo alerta para a sobrecarrega no sistema de saúde, informou o Presidente Nana Akufo-Addo este domingo (17.01). Akufo-Addo sublinhou que, desde 5 de janeiro, o número de casos ativos subiu de 900 para 1.924. Existem agora 120 casos graves.
O Gana ainda não se encontra perto de um pico visto durante a primeira vaga de infeções em meados do ano passado, mas poderia rapidamente atingir esse nível se os casos continuarem a subir ao ritmo atual.
"Os nossos centros de tratamento Covid-19 passaram de zero doentes para estarem agora cheios devido ao aumento das infeções", disse o presidente. "A este ritmo atual, as nossas infraestruturas de cuidados de saúde ficarão sobrecarregadas".
Em toda a África, uma segunda onda de coronavírus está a infetar duas vezes mais pessoas por dia do que no auge da primeira e ainda não atingiu o auge, de acordo com os Centros Africanos para Controlo e Prevenção de Doenças.
Plano de vacinas
O aumento tem suscitado preocupação em todo o continente, onde, ao contrário da Europa e dos Estados Unidos, os governos com restrições económicas não têm sido capazes de assegurar acordos de fornecimento com os fabricantes de vacinas.
Akufo-Addo disse que os detalhes sobre o acesso às vacinas e um plano de implementação seriam anunciados "muito em breve".
Disse que algumas pessoas que chegaram do estrangeiro tinham testado positivo para "novas variantes" do vírus, sem dar detalhes.
Na semana passada, a Gâmbia registou os seus dois primeiros casos da variante altamente infeciosa do coronavírus encontrado pela primeira vez no Reino Unidos, em que parece ser a primeira confirmação da sua presença em África.
"O trabalho está em curso para determinar a presença e extensão de propagação das novas variantes na população em geral". disse Akufo-Addo.