De metro com a China
A ajuda ao desenvolvimento chinesa é tão controversa quanto cobiçada. Pequim chega ao Fórum China-África (04-05.12.2015) em Joanesburgo com um projeto para mostrar: o primeiro metro da África subsaariana, na Etiópia.
Addis Abeba sobre carris
É um símbolo do desenvolvimento tecnológico na Etiópia: em setembro, começou a funcionar, em Addis Abeba, o primeiro metro da África subsaariana. Muitos habitantes da capital etíope não acreditavam que o projeto sairia do papel.
China é principal financiador
Demorou mais de cinco anos a construir o metro. O projeto custou 475 milhões de dólares. Cerca de 85% desse valor foi financiado pelo Banco de Exportações e Importações (ExIm) da China.
Chineses a conduzir
Os chineses não só financiaram e construíram o metro, como também trouxeram condutores. Os trabalhadores etíopes são apenas responsáveis pela segurança no metro e nas paragens.
Filas para comprar bilhetes
Para comprar os bilhetes, é preciso esperar. Um bilhete custa entre dois e seis birres, o equivalente a 0,25€. Muitos habitantes ficaram contentes por surgir uma nova forma de transporte numa cidade em que os autocarros e os transportes semi-coletivos de passageiros estão, normalmente, bastante cheios.
Inauguração: todos queriam andar de metro
Depois de um período de teste que durou vários meses, milhares de pessoas quiseram finalmente andar de metro no dia da inauguração, 20 de setembro de 2015. Vieram inclusive turistas para testemunhar este momento histórico.
Expansão da rede de metro
O objetivo é, um dia, ligar o centro de Addis Abeba às zonas periféricas, em todas as direções. Até agora, foram construídas duas linhas. O metro está preparado para transportar, no máximo, 60 mil passageiros por dia.
Sempre em frente
No início, andar de metro era uma aventura para muitos passageiros. Entretanto, é algo que está entrar na rotina de cada vez mais pessoas. Sobretudo porque, em comparação com outros meios de transporte, o preço é relativamente baixo e demora menos tempo a chegar ao destino. Por isso, é difícil encontrar um lugar vazio no metro – talvez só mesmo na primeira e na última paragem.
Também subterrâneo
O metro anda maioritariamente à superfície - em paralelo com a estrada. Mas também há paragens subterrâneas, como esta aqui, na praça Menelik II.
Estações com barreiras
Muitas estações não foram construídas a pensar nos cidadãos com deficiência. Muitos não conseguem aceder às plataformas. Andar de metro é também difícil para alguns passageiros mais velhos. Em algumas paragens, há, por exemplo, escadas rolantes que não estão a funcionar. Outra dificuldade: há com frequência cortes de energia, que dificultam o bom funcionamento do metro.
Atenção!
Alguns passageiros atravessam as linhas de metro, sem se preocupar, para passar mais depressa para o outro lado da plataforma. Algo que põe em perigo as suas vidas. O trabalho dos seguranças não é fácil.