Desporto aproxima Angola e Alemanha
14 de janeiro de 2014
O intercâmbio no sector desportivo visa reforçar os laços de amizade e cooperação entre Angola e Alemanha. Com o projeto de cooperação, a República Federal alemã pretende contribuir para o desenvolvimento do desporto de massas naquele país da África Austral.
Em Luanda, a embaixada alemã entregou simbolicamente materiais desportivos à Federação Angolana de Atletismo. E os treinadores e atletas estão a ser formados nas categorias de saltos em altura, comprimento, velocidade, força e medida.
O perito de atletismo alemão Wilfried Heim-Caballero, que está em Angola entre 11 e 30 de janeiro, garantiu que haverá “uma aula especificamente para saber como encontrar novos talentos, quais são os principais indicadores que se podem utilizar para ter uma ideia sobre o potencial do atleta, para se saber como descobrir talentos no país”.
Detalhadamente, esses indicadores dizem respeito, por exemplo, à “velocidade, à força em relação aos saltos, ao próprio lançamento de disco, as suas medias, tudo isso se pode utilizar para ter uma ideia ou avaliar o potencial do atleta", concretizou Wilfried Heim-Caballero.
Federação de Atletismo quer bater atuais recordes
Esta cooperação desportiva beneficia os jovens, principalmente em termos de saúde. “Nestes tempos modernos deve-se encorajar a juventude a praticar desporto, sobretudo porque nestes tempos de eletrónica, muitos jovens ficam sentados com vídeos, DVDs e computadores e esquecem-se da alegria de praticar desporto, como futebol, andebol e basquetebol. Muitos [jovens] em Angola fazem isso, mas estamos dispostos a apoiar mais", afirmou Jörg-Werner Marquardt, o embaixador alemão em Angola.
O presidente da Federação Angolana de Atletismo, Carlos Rosa de Sousa, felicitou a Alemanha ao mostrar vontade de cooperar com Angola no capítulo dos desportos e espera que o projeto ajude o país a superar as marcas até agora obtidas.
Mas antes disso, “o importante é o aumento do conhecimento, é preciso que os técnicos tenham a humildade suficiente para que o saber seja partilhado com outras pessoas e passar as suas experiências aos jovens que vão surgindo, de maneira que, numa estimativa de médio-longo prazo, possamos ter alguns atletas com marcas aceitáveis a nível do nosso continente”, destacou Carlos Rosa de Sousa.
O responsável pelo atletismo angolano observa que é necessário um desenvolvimento gradual da modalidade. “Primeiro é necessário termos que nos posicionar a nível do continente para depois, quem sabe em função da criação de condições para que os atletas possam evoluir, possamos efetivamente ter um leque de atletas e que os recordes de Angola, que têm mais de duas décadas, possam ser quebrados", concluiu o presidente da Federação Angolana de Atletismo.