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PolíticaEstados Unidos

Donald Trump toma hoje posse como Presidente dos EUA

cm | DW (Deutsche Welle) | Reuters | Lusa
20 de janeiro de 2025

Donald Trump toma hoje posse como 47.º Presidente dos EUA. A cerimónia marca o regresso do republicano à Casa Branca depois de um primeiro mandato entre 2017 e 2021. A lista de convidados baseia-se em aliados próximos.

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No domingo (19.01), Donald Trump deu início às festividades da sua tomada de posse como Presidente dos EUA com um comício na Capital One Arena
Donald Trump deu início às festividades da sua tomada de posse com um comício na Capital One Arena, no domingo (19.01)Foto: Matt Rourke/AP/picture alliance

O momento da tomada de posse está marcado para pouco antes das 12:00 locais no Capitólio, sede do poder legislativo, em Washington, sob o lema: "A nossa democracia duradoura: Uma Promessa Constitucional".

No entanto, críticos sublinham que o tema contrasta fortemente com a invasão de apoiantes de Donald Trump no Capitólio, em janeiro de 2021, vista como um dos maiores atentados contra a democracia nos Estados Unidos.

Cayce Myers, especialista em comunicação política, não espera ver o símbolo da unidade na cerimónia. "Penso que vamos ver muito do posicionamento em torno da força. Muito posicionamento em torno da geopolítica, sobretudo porque foram convidados líderes estrangeiros, o que é uma coisa sem precedentes", destaca.

Historicamente, os líderes estrangeiros não participam nas cerimónias de tomada de posse das presidenciais norte-americanas, sendo representados pelos embaixadores dos seus países. No entanto, vários foram convidados incluindo o Presidente da China, Xi Jinping.

A lista de convidados de Donald Trump baseia-se em aliados próximos, entre eles políticos mundiais de extrema-direita e populistas, como é o caso do Presidente da Argentina, Javier Milei, que já confirmou a sua presença. Também a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, estará na cerimónia, sendo a única líder dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) presente.

Sede do Capitólio em Washington D.C.
Tudo a postos no Capitólio para a cerimónia da tomada de Donald Trump Foto: picture-alliance/dpa/P. Semansky

Atenções voltadas para Washington

Tendo em conta os últimos quatro anos, tumultuosos para Donald Trump, os escândalos na justiça e a retórica da campanha, todas as atenções deverão estar viradas para Washington, prevê Myers.

"Este momento para ele pode ser uma espécie de regresso da vitória num grande palco. Por se tratar de uma personalidade mediática muito experiente na forma como utiliza os meios de comunicação social, penso que vamos ter uma atenção desmesurada", conclui.

Na noite deste domingo, Trump prometeu "acabar com a invasão das fronteiras" e pôr fim à imigração ilegal, um dos seus principais temas de campanha.

"Temos de pôr o nosso país no rumo certo. Quando o sol se puser amanhã à noite, a invasão das nossas fronteiras terá parado e todos os invasores ilegais que, uma forma ou de outra, estarão a regressar a casa", declarou.

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Trump, que falava perante milhares de apoiantes reunidos no chamado "Comício da Vitória", em Washington, prometeu também emitir uma centena de ordens executivas no seu primeiro dia na Casa Branca e  "resolver todas as crises que o país enfrenta".

"O povo americano deu-nos a sua confiança e, em troca, vamos dar-lhe o melhor primeiro dia, a maior primeira semana e os mais extraordinários primeiros 100 dias de qualquer presidência na história americana."

Segundo o diário norte-americano Wall Street Journal, entre outros pontos, Trump vai declarar hoje o estado de emergência na fronteira com o México, irá abolir alguns programas destinados a promover a diversidade no Governo federal e levantar as restrições à exploração petrolífera.

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