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Gangue conhecido por “os macatanas” tem polícias no seu seio

Manuel David (Lichinga)22 de setembro de 2015

Três polícias da Guarda Fronteira em Lichinga, no norte de Moçambique, foram detidos por suspeita de crimes que têm aterrorizado a população. Os "macatanas" – assim é conhecido o grupo - já mataram sete pessoas.

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Manifestação em Lichinga contra a criminalidade (08.09.2015)Foto: DW/M.David

A detenção dos três polícias ocorreu quando estes tentavam agredir um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) que estava de folga. O episódio ocorreu durante a noite quando o PRM seguia de motorizada, juntamente com a sua mulher, a caminho do hospital.

Os três homens envolveram-se numa luta com o agente quando um dos polícias agressores deixou cair os seus documentos, “facto que facilitou a identificação e detenção do grupo”, explica Alves Mate, porta-voz do Comando Provincial da Polícia no Niassa.

Suspeita-se que os três agentes, neste momento detidos, estejam ligados a um grupo de indivíduos que tem aterrorizado a população de Lichinga, conhecidos como "homens de catanas – macatanas” que atacam as vítimas à noite, munidos de armas brancas.

Niassa in Mosambik
Mercado no NiassaFoto: DW/G. Sousa

Questionado sobre o envolvimento de polícias em atos criminosos, Alves Mate disse que é uma atitude "muito lamentável", uma vez que se trata de profissionais que juraram proteger a nação e as comunidades de todos os males. “São pessoas que deviam estar no terreno a manter a ordem pública mas que estão a cometer crimes. Se houver mais agentes a cometer infrações a polícia vai neutraliza-los”, garante Alves Mate.


Mais patrulhamento para garantir a segurança

O presidente do conselho municipal da cidade de Lichinga, Saíde Amido, já admitiu que há necessidade de reativar os patrulhamentos comunitários nos bairros. Porque é preciso envolver as comunidades no combate ao crime. “Falamos com os nossos secretários nos bairros no sentido de aumentar a vigilância para estancar este mal denunciando os malfeitores, no caso de os conseguirem identificar”, declara o munícipe.

A recente onda de crimes em Lichinga já causou sete mortos e vários feridos. As principais vítimas são estudantes que frequentam o ensino noturno.

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