Engenheiros pedem auditoria à edifício do Banco de Central
15 de outubro de 2020Num comunicado desta quinta-feira (15.10), a Ordem dos Engenheiros de Moçambique fundamenta que "não sendo este um caso único de falhas em obras públicas, a ordem entende que devem ser tomar medidas que permitam apurar responsabilidades, desde o dono da obra ao empreiteiro, passando pelo projetista e pelo fiscal da empreitada, através duma auditoria técnica cujos resultados devem ser divulgados publicamente".
No dia a seguir à inauguração, sábado (10.10) "o edifício do Banco de Moçambique na cidade de Chimoio [centro do país] revelou sofrer de deficiências, postas a nu pela água que escorreu para o auditório e algumas outras áreas do edifício durante a tempestade" que se abateu sobre aquela zona do país.
As infiltrações ficaram registadas num vídeo que circula nas redes sociais, onde se vê a chuva a cair dentro de uma das salas.
Em nome do "bom nome da classe"
A Ordem dos Engenheiros disponibiliza-se a colaborar na auditoria, considerando que o caso da filial do Banco Central em Chimoio é uma "oportunidade singular para se refletir sobre as práticas em uso na indústria da construção" no país.
Por outro lado, a ordem diz que importa "garantir que o bom nome da classe dos engenheiros de Moçambique não seja deslustrado por casos como este".
"Importa, pois, tirar lições e verificar se há necessidade, tanto de conteúdo como de aplicação, de melhorar os procedimentos e os dispositivos normativos que regem a atividade da construção", concluiu.
A filial do Banco de Moçambique no Chimoio resulta do reaproveitamento dos escritórios do antigo Banco Nacional Ultramarino.