Moçambique: 3 mil bebés devem nascer no primeiro dia do ano
1 de janeiro de 2020Cerca de 3.300 bebés vão nascer no primeiro dia do ano em Moçambique, o que representa 1% do número de crianças que nascem hoje em todo o mundo, indica o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
No primeiro dia de 2020 deverão nascer em todo o mundo 392.078 bebés, prevendo-se que a Índia, a China e a Nigéria liderem o número de nascimentos, de acordo com uma estimativa hoje (01.01) divulgada pela UNICEF.
Em comunicado, a UNICEF estima ainda que mais de metade destes nascimentos aconteçam em oito países, com a Índia (67.385), a China (46.299) e a Nigéria (26.039) a figurarem nos três primeiros lugares da lista. Em Portugal, a organização estima que nasçam no dia 1 de janeiro de 2020 um total de 213 bebés.
Crianças moçambicanas
"Essas crianças moçambicanas recém-nascidas representarão cerca de 1% dos aproximadamente bebés que nascerão hoje em todo mundo", refere um comunicado da UNICEF distribuído à imprensa.
Moçambique reduziu a mortalidade infantil em dois terços nas últimas duas décadas, segundo as Nações Unidas, que destacam o país como dos que mais progressos alcançaram na África Subsaariana.
Segundo as novas estatísticas, divulgadas pelas Nações Unidas em setembro de 2019, entre 1990 e 2018, Moçambique registou uma taxa média anual de redução da mortalidade em crianças com menos de 5 anos de 4,3%.
Em 1990, a probabilidade de uma criança morrer antes dos 5 anos era de 241 crianças em cada 1.000 em Moçambique, valor que passou para 79 por 1.000 em 2018.
Morte no primeiro mês de vida
Ainda segundo a UNICEF, em 2018 um total de 2,5 milhões de bebés recém-nascidos morreram no seu primeiro mês de vida e um terço desses no primeiro dia. A maioria morre de causas evitáveis como a prematuridade, complicações durante o parto e infecções como a sépsis.
Apesar de nas últimas três décadas ter havido um "progresso notável na sobrevivência de crianças", que fez com que o número de crianças que morrem antes de completarem 05 anos, em todo o mundo, tenha caído para mais de metade, o progresso para os recém-nascidos "tem sido mais lento".
A campanha da UNICEF "Every Child Alive" (em português, "Toda a Criança Viva") apela ao investimento em profissionais de saúde com formação adequada para assegurar que todas as mães e recém-nascidos são tratados de forma segura para prevenir e tratar complicações durante a gravidez, parto e nascimento.