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Samsung avança com segunda plataforma de extração de gás

Lusa
3 de junho de 2024

A Samsung Heavy Industry prevê arrancar com a construção da segunda plataforma flutuante para a extração de gás natural liquefeito em Moçambique no 3º trimestre deste ano, anunciou o vice-presidente da multinacional.

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Plataforma de exploração de gás
(imagem ilustrativa)Foto: ENI East

“Estamos ansiosos pela oportunidade de construir a segunda plataforma flutuante para Moçambique, porque a nossa indústria é que fez a primeira infraestrutura que já opera ao serviço do Coral sul”, disse o vice-presidente da Samsung Heavy Industry, Young Kyu Han, à comunicação social, à margem de uma reunião com o Presidente da República, Filipe Nyusi, na capital sul-coreana.

A segunda plataforma terá a mesma capacidade da já instalada, para produzir, por ano, 3,4 milhões de toneladas métricas, e será construída em colaboração com empresas da França e do Japão.

"O arranque da construção da plataforma está condicionado à aprovação do plano de desenvolvimento pelo Governo de Moçambique de modo que os trabalhos comecem no terceiro trimestre", explicou o vice-presidente.

Fonte da petrolífera Eni, concessionária da Área 4 do Rovuma, disse em outubro passado à Lusa que já discutia com o Governo o desenvolvimento de uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira e designada Coral norte, para aumentar a extração de gás.

“A Eni finalizou o Plano de Desenvolvimento, que está atualmente em discussão com os parceiros e o Governo de Moçambique para aprovação final. Ao mesmo tempo, a Eni está a avançar com processos de aquisição, estudos de impacto ambiental, etc, incluindo contratos associados à perfuração”, disse fonte oficial da petrolífera italiana, questionada pela lusa.

Este plano envolve a aquisição de uma segunda plataforma flutuante FNLG, para a área Coral norte, idêntica à que opera na extração de gás, desde meados de 2022, na área Coral sul.

Batismo da plataforma flutuante Coral Sul
Cerimónia de batismo da instalação flutuante Coral Sul no estaleiro da Samsung Heavy Industries, na Coreia do Sul, em 2021Foto: Yonhap/picture alliance

Encontros em Seul com a Daewoo

O estadista moçambicano, que está desde domingo a realizar uma visita de trabalho à Coreia do Sul, reuniu-se também com o diretor-executivo da Daewoo, Jung-Wan Baek, empresa que em 2020 recebeu 500 milhões de dólares (461 milhões de euros) para construir duas unidades de transporte do gás nos campos de Gás Natural Liquefeito (GNL) de Moçambique na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado.

"Neste momento, estamos em Moçambique no projeto GNL da região norte, mas esperamos desenvolver em áreas de habitação e infraestruturas civis", disse o diretor, à margem da reunião.

Precisou, ainda, que cada unidade terá a capacidade para transportar 1,5 milhões de toneladas anualmente no consórcio da área 1, liderado pela TotalEnergies.

Em março de 2021, devido à insegurança na região, aEnergias Totaissuspendeu as operações de construção da unidade de processamento de GNL em Cabo Delgado, investimento de 20 mil milhões de dólares (18,4 mil milhões de euros), admitindo entretanto retomar os trabalhos ainda este ano.

"Sobre os prazos das próximas etapas, neste momento não temos dados exatos, mas ainda estamos em discussão com os nossos clientes para podermos retornar o mais rápido possível a Moçambique", explicou Jung-Wan Baek.

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