O "Mercado da Alemanha" do Huambo
Vende-se de tudo um pouco no "Mercado da Alemanha" do Huambo, no centro de Angola. Foi criado em 2006, ano em que a Alemanha acolheu o Campeonato do Mundo de Futebol, onde Angola marcou presença pela primeira vez.
"Praça da Alemanha" em Kissala
Em homenagem ao Campeonato Mundial de Futebol de 2006, que se disputou na Alemanha, o pequeno mercado da localidade da Kissala, no Huambo, ganhou inicialmente o nome de "Praça da Alemanha". Hoje, estima-se que o mercado emprega mais de 10 mil comerciantes.
Entreposto comercial
Com uma dimensão superior aos mercados existentes na cidade e uma localização fora do casco urbano, o "Mercado da Alemanha" rapidamemente ganhou nome e espaço, ao ponto de funcionar como uma espécie de entreposto comercial da província do Huambo e não só.
De tudo um pouco
É aqui que convergem grandes e pequenos vendedores da cidade do Huambo e das províncias vizinhas para fazer negócios. E no "Alemanha" vende-se de tudo um pouco, incluindo arroz, óleo e outros produtos alimentares.
Carvão vegetal: procura-se
O carvão vegetal é um dos produtos mais procurados no "Mercado da Alemanha". Como a escassez de gás de cozinha é frequente no Huambo, os habitantes vão encontrando alternativas - como o carvão vegetal.
Batas para os estudantes
No "Mercado da Alemanha" não podia faltar uma seção de vestuário e costura. E aqui, uma das peças mais procuradas, sobretudo no início de cada ano letivo, são as batas escolares.
Portas e janelas
O setor da construção também está presente no "mercado alemão" do Huambo, com a produção e venda de portas, janelas e outros serviços - para todos os bolsos e gostos.
Aumento da delinquência
A falta de bancadas condignas para o exercício da atividade comercial preocupa os vendedores do "Mercado da Alemanha". Os comerciantes também se queixam do aumento da delinquência que, segundo dizem, tem afugentado muitos compradores.
Falta de condições higiénicas
Apesar dos ganhos e dos postos de trabalho que o espaço cria, muitos clientes reclamam da falta de condições higiénicas no mercado. Muitas vendedoras desenvolvem a sua atividade sem se preocuparem muito com a higiene à sua volta. Existe uma empresa que se responsabiliza pela limpeza do mercado, mas por insuficiência de meios e recursos humanos não tem correspondido às expetativas.
Concorrência desleal
Além da falta de segurança, alguns vendedores reclamam igualmente da concorrência desleal que dizem existir no mercado. Enquanto uns comerciantes vendem no interior do mercado e pagam fichas de 200 kwanzas (cerca de 37 cêntimos de euro) por dia, outros fazem-no fora do recinto.