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Maputo: Polícia investiga tráfico de chifres de rinoceronte

Lusa
17 de abril de 2017

Suspeito tentou embarcar em voo com mala carregada com 10,5 quilos de chifres do animal.

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Flughafen Maputo - Mosambik
Foto: DW/J. Beck

A Polícia da República de Moçambique (PRM) divulgou esta segunda-feira (17.04) que está à procura do homem suspeito de tentar deixar o país com 10,5 quilos de chifres de rinoceronte. A carga foi apreendida no último sábado (15.04) no Aeroporto Internacional de Maputo. As autoridades não informaram em que voo o suspeito tentava embarcar.

Os chifres, cuja comercialização é proibida a nível global, estavam numa mala de alumínio e foram detetados durante o "check-in" da bagagem, referiu Orlando Mudumane, porta-voz do Comando PRM da cidade de Maputo.

O dono da bagagem terá fugido quando percebeu que o conteúdo tinha sido detetado e continuam a decorrer investigações para encontrá-lo, acrescentou aquele responsável, conforme ressaltou o porta-voz.

Esta apreensão acontece depois de as autoridades da Malásia terem anunciado, a 10 de abril, a apreensão de 18 chifres de rinocerontes avaliados em mais de três milhões de dólares (2,9 milhões de euros) e que terão circulado num avião de mercadorias que partiu de Moçambique, com escala em Doha.

 A forma como aquela carga passou pelo controlo do aeroporto está ainda a ser averiguada pela PRM. 

Südafrika Grenze Mosambik Nashörner
Foto: ALEXANDER JOE/AFP/Getty Images

Caça furtiva

Em Moçambique, a ação dos caçadores furtivos levou à quase extinção do rinoceronte. A pobreza das populações e o crescimento do mercado internacional de venda de marfim e chifres de rinocerontes são apontadas como as principais causas da matança de animais.

A localização de Moçambique nas proximidades dos países considerados como centros da caça furtiva tem contribuído para a generalização deste crime.

O Tribunal Constitucional da África do Sul anulou, no final de março, uma moratória que proibia o comércio de chifres de rinoceronte no país, alertou na última semana a organização World Wildlife Fund (WWF).

Os criadores aplaudiram a decisão, considerando que a legalização vai acabar com a caça furtiva e ajudar a financiar a espécie, mas para a WWF "acabar com a proibição interna pode estimular o crescimento ilegal da atividade internacional" porque o chifre "não tem mercado" na África do Sul, mas é procurado sobretudo com fins animistas no Médio Oriente e Ásia.

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