Quénia proíbe sacos de plástico
Uma proibição de sacos de plástico entrou em vigor no Quénia. Os sacos são um problema sério - mas quem os vender no país arrisca-se agora a uma multa de milhares de dólares ou até a ir para a prisão.
Sacos são um perigo
A esta lixeira vêm parar montanhas de sacos de plástico cheios de tudo um pouco. Mas as Nações Unidas alertam para o perigo ambiental e de saúde que estes sacos colocam - são locais propícios para mosquitos que transportam doenças como a malária ou a febre-amarela. Estas pessoas, que recolhem materiais na lixeira para a sua posterior reutilização, estão particularmente expostas a este perigo.
Lixo até perder de vista
Os sacos de plástico são um problema. Estima-se que todos os dias, no Quénia, sejam distribuídos cerca de 100 milhões de sacos - só em supermercados. Os sacos de plástico acumulam-se nas ruas e nas lixeiras. Dandora é a maior lixeira da capital Nairobi. Muitas pessoas vêm aqui buscar materiais para vender.
Peso pesado
O lixo é vendido a peso. Há preços fixos para cada quilo de vidro, metal e plástico. Num dia bom, quem vem aqui pode conseguir juntar lixo suficiente para conseguir o equivalente a três euros. No chão ficam incontáveis sacos de plástico.
Festim para as aves
As montanhas de plástico servem de miradouro para as aves, que andam na lixeira à procura de comida. Muitos animais morrem por causa de sacos de plástico. Aves, peixes ou, por exemplo, tartarugas, que os confundem com comida. Antes do Quénia, já houve vários países que declararam guerra aos sacos de plástico - incluindo Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.
Quando a nossa comida se alimenta do lixo
Estas vacas também comem os restos da comida entre o lixo de plástico. Os ambientalistas alertam que, ao decompor-se, o plástico atrai químicos tóxicos - que são ingeridos muitas vezes pelos animais.
Da lixeira para o matadouro
Algumas das vacas que andam à solta a comer o lixo de Dandora acabam no matadouro. O Governo queniano decidiu pôr um travão ao uso excessivo do plástico. A partir de agora, quem usar, produzir ou importar sacos de plástico arrisca-se a uma multa de até 38 mil dólares ou de até quatro meses de prisão.
O regresso do plástico
No estômago das vacas encontra-se frequentemente plástico. A proibição de sacos de plástico no Quénia deverá, agora, contribuir para minimizar situações deste género. Sacos para fins industriais poderão, no entanto, continuar a ser produzidos. O Quénia proibiu o uso de sacos de plástico por duas vezes, em 2007 e em 2011, mas não conseguiu implementar a legislação. À terceira será de vez?