Sofala: A aquacultura está a crescer em Moçambique
8 de fevereiro de 2024Com a crise de pescado e restrições no período de veda em Moçambique, a aquacultura tem sido uma alternativa para o fornecimento de mariscos a mercados nacionais e estrangeiros.
A escassez de pescado no Banco de Sofala fez impulsionar investimentos na área, com foco na produção de alevinos e ração para avicultores e projetos do Estado.
Com a implementação do Projeto de Desenvolvimento de Aquacultura de Pequena Escala (PRODAPE), desde 2021, houve um crescimento significativo no que diz respeito à criação de peixe, camarão, caranguejo e outros, em cativeiro em Sofala.
Em 2023, por exemplo, a província produziu 220,8 toneladas de pescado em cativeiro - um crescimento de 67,6% se comparado com 2022. No mesmo período, Sofala registou um aumento exponencial de piscicultores, de 13 para 2.041.
Aumento na produção
Com o PRODAPE, tem sido notório o melhoramento da dieta alimentar nas comunidades, segundo as estatísticas de aquisição para consumo doméstico. De acordo com Izidro Intaze, delegado do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura em Sofala, a produção e circulação de pescado em cativeiro cresceu bastante nos últimos anos.
E o setor da piscicultura emprega na província perto de sete mil trabalhadores, entre nacionais e estrangeiros, e entre fixos e sazonais. Tudo isso impulsiona o crescimento económico e social na região.
Mouli Liu, diretor da FuLi Moçambique, uma das duas maiores empresas de produção de alevinos e ração que abastece o setor da agricultura, planeia expandir as atividades para outras províncias. É que Moçambique continua a importar em grande escala ração para alimentar mariscos.
"Agora vamos aumentar. Em um ano, queremos produzir pelo menos cinco mil toneladas de ração. Criar tilápia e ensinar isso às pessoas em Moçambique", afirma.
A produção de marisco em cativeiro é pouco conhecida em Moçambique. A FuLi Moçambique é tida como pioneira no país na exportação de camarão e caranguejo vivo.