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Zelensky exclui negociar com Putin até que aceite derrota

Lusa | AFP
25 de fevereiro de 2024

Presidente ucraniano volta a excluir a possibilidade de negociações com o homólogo russo até que Vladimir Putin aceite a sua derrota na guerra. Volodymyr Zelensky reafirma que a vitória do seu país "depende" do Ocidente.

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Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky
"É possível falar com uma pessoa que mata os seus oponentes?", questionou Volodymyr ZelenskyFoto: Valentyn Ogirenko/REUTERS

As declarações de Zelensky foram feita em conferência de imprensa, numa altura em que o conflito gerado pela invasão russa da Ucrânia entra no seu terceiro ano.

"É possível falar com uma pessoa surda? É possível falar com uma pessoa que mata os seus oponentes?", disse Zelensky, ao ser questionado sobre a possibilidade de procurar uma saída negociada para a guerra.

O Presidente ucraniano insistiu na "Fórmula de Paz", um documento que exige, entre outros, a retirada das tropas russas de todo o território ucraniano, como o único quadro de negociação possível.

"Vamos oferecer-lhe [a Putin] uma forma de aceitar que perdeu a guerra e que esta foi um grande erro", disse Zelensky, que pretende realizar uma cimeira internacional na Suíça para conseguir que o maior número possível de países apoie a "Fórmula de Paz".

O chefe de Estado explicou que, uma vez obtido o apoio destes países, o documento será apresentado a Putin, tal como foi feito com o acordo sobre os cereais patrocinado pela Turquia e pelas Nações Unidas.

Vitória da Ucrânia "depende" do Ocidente

Ainda neste domingo (25.02), Zelensky afirmou que a vitória do seu país "depende" do apoio do Ocidente e disse ter "a certeza" de que os Estados Unidos aprovarão um pacote de ajuda militar.

"Se a Ucrânia vai perder, se vai ser muito difícil para nós e se vai haver um grande número de baixas, depende de vós, dos nossos parceiros, do mundo ocidental". 

Pela primeira vez, o Presidente ucraniano quantificou as perdas militares da Ucrânia em dois anos de conflito: "31.000 soldados ucranianos morreram nesta guerra", sublinhou.

"Cada uma destas pessoas é uma grande perda para nós", rematou. 

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