A rica diversidade no rio Amazonas
A descoberta do recife de coral na foz do rio Amazonas revelou também novas espécies. Já hoje, o Brasil tem a maior diversidade mundial de peixes de água doce. Veja algumas preciosidades, do peixe-vampiro ao vegetariano.
Ecossistema único
Cerca de 21% das espécies de peixes de água doce conhecidas no mundo estão no Brasil. Grande parte delas vive no rio Amazonas e seus afluentes.
Rico ecossistema
No recife do Amazonas, os pesquisadores identificaram 61 tipos de esponjas – incluindo três novas espécies – e 73 espécies de peixes, assim como lagostas e ofiuroides. Devido à baixa luminosidade, o recife contém poucos corais, sendo dominado pela esponjas e por um tipo de alga marinha de aparência semelhante à dos corais.
As temidas piranhas
A piranha, um peixe carnívoro de água doce, extremamente voraz com 30 dentes afiados, é um dos peixes da Amazônia mais conhecidos. O nome vem do guarani (pira = peixe) e ãia = dente. Há cerca de 40 tipos de piranhas, uma delas é a piranha-vermelha (foto).
Zorro sem máscara
Nem todas as parentes da piranha comem outros animais. Esta, por exemplo, se alimenta de sementes, frutas e plantas. A espécie, que atinge 45 cm de comrpimento, foi recatalogada este ano e se chama Myloplus zorroi, em homenagem ao personagem fictício Zorro.
Vegetariano com dentes
O pacu, também parente das piranhas, pode atingir um metro de comprimento. Seus dentes e a forte mandíbula o tornaram especialista em quebrar nozes.
Peixe elétrico
O poraquê (Electrophorus electricus) pode produzir descargas elétricas para se defender ou mesmo para a caça.
Imprescindível na culinária
O surubim, que pode atingir 1,6 m de comprimento, é um peixe amazônico apreciado na culinária.
Gigante do rio
Outro peixe apreciado na culinária amazônica é o pirarucu. Ele é um dos maiores peixes de água doce do Brasil, podendo atingir mais de dois metros de comprimento e pesar mais de 130 quilos. Além das guelras, este peixe tem a bexiga natatória modificada, que funciona como pulmão. Isso permite que engula "goles de ar" na superfície de águas rasas ou sujas.
Boto, o golfinho do Amazonas
O boto-cor-de-rosa é o maior golfinho de água doce. Quando filhotes, ele têm a cor cinza. Só quando ficam mais velhos é que ficam cor-de-rosa. Os do Amazonas atingem até três metros de comprimento. Um dos mitos sobre este animal é que as pessoas que se afogam se transformam em botos.
Candiru, o peixe-vampiro
O candiru atinge até 18 cm e tem a forma de enguia. Ele se aloja nas guelras dos peixes e se alimenta de sangue, por isso tem o apelido de "peixe-vampiro". Quando alguém urina nu dentro da água, o candiru pode penetrar na uretra, no ânus ou na vagina e ali se instala, só podendo ser por meio de cirurgia.