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Alemanha relembra anos de Elvis no país

tj16 de agosto de 2002

O maior astro de rock da história viveu mais de um ano numa pequena cidade alemã. Muitos se lembram com carinho do cantor, que impressionou parte da população também pela quantidade de comida que ingeria.

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Astro americano desembarca para passar um ano na AlemanhaFoto: AP

Nesta sexta-feira (16), milhões de fãs de todo mundo prestam homenagens pelo 25º ano da morte do ídolo da música e do cinema Elvis Presley. Em agosto de 1977, ele teria sido encontrado morto na banheira de sua mansão em Memphis. Na Alemanha, a agitação também é grande em torno de sua morte. Principalmente no estado de Hessen, onde ele conheceu sua primeira mulher, Priscilla Presley.

"Todas as noites ele descia e distribuía autógrafos, em frente à sua casa na rua Goethe, em Bad Nauheim", lembra Angelika Springauf, de 57 anos. Ela morava a cinco minutos do apartamento do ator e cantor norte-americano, e vinha quase todas as noites "visitar" o Rei do Rock´n´Roll. O sucesso do Rei fazia muita gente vir de longe para conseguir um autógrafo seu. "Também haviam pessoas da Inglaterra, Suécia e Itália presentes", afirma Springauf.

Serviço militar na Alemanha

Entre os dias 3 de fevereiro de 1959 e 2 de março de 1960, o ídolo esteve instalado com o Exército americano na cidade de Friedberg, na Alemanha. O cantor, no entanto, morava em um apartamento na cidade vizinha, Bad Nauheim, ao norte de Frankfurt e a poucos quilômetros da base americana.

Antes de se mudar para o número 14 da rua Goethe, ele estava hospedado no luxuoso hotel Grunewald, onde deu muito trabalho ao estagiário Georg Bremer com sua farta lista de refeições servidas no quarto.

Carisma de um ídolo

Muitos dos que tiveram contato com Elvis no período que passou na Alemanha lembram-se dele com carinho e, embora contraditório, por sua freqüente timidez. "À noite quando haviam somente seis ou sete mulheres à espera dele na rua, ele ainda vinha para distribuir autógrafos. Ele sempre foi muito meigo e até um pouco tímido", conta Springauf, na época com 14 anos de idade. Elvis sempre se entendeu melhor com mulheres mais jovens. Ginger Alden, por exemplo, foi sua última namorada e era 20 anos mais nova que ele.

Seu cabelereiro, Karl-Heinz Stein, também recorda-se daquele garoto simples e elegante de Memphis que gostava de manter a boa aparência. "Ele era um jovem muito decente e limpo e que dava grande importância ao visual", relata Stein. Ele se lembra de como ficou nervoso no primeiro dia em que Presley entrou na barbearia. A tremedeira nas mãos o fez deixar o pente cair. O astro, então, pediu que cortasse só as pontas.

Intimidade lingüística -

Seu vocabulário era bastante restrito e entre as poucas expressões estavam Auf Wiedersehen (Até logo), com seu sotaque americano bem acentuado, e Wiener Schnitzel (escalope à vienense). Em certa ocasião, quando saía do hotel Grunewald, misturou as bolas e despediu-se do estagiário Georg Bremer, na época com 14 anos, gritando: Auf Wiener Schnitzel, criando um trocadilho que marcou Bremer até hoje.

"Elvis é para nós o que Mozart foi para Salzburg", exclama o diretor da empresa de marketing e turismo da cidade, Ulrich Schlichthaerle. A cidade foi ponto de encontro de fãs do roqueiro na época e quer repetir o fato.

Agora, 25 anos após a morte do artista, as duas cidades que o acolheram organizaram um grande festival que pretende fazer de Bad Nauheim a Meca européia dos fãs do Rei. Até domingo os organizadores esperam reunir mais de 12 mil pessoas no primeiro Festival Europeu em Tributo a Elvis Presley.