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ConflitosIsrael

Atentado deixa um morto e feridos em subúrbio de Tel Aviv

15 de janeiro de 2024

Dois palestinos foram presos suspeitos de usar carros roubados para atropelar pedestres. Na Cisjordânia, três palestinos foram mortos por militares israelenses, segundo autoridades de saúde palestinas.

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Peritos ao lado de um carro batido e pertences pessoais espalhados em calçada
Peritos criminais examinam uma das áreas dos atropelamentos em RaananaFoto: Jack Guez/AFP

Uma mulher de 70 anos morreu e mais de uma dúzia de pessoas ficaram feridas durante um atentado em um subúrbio ao norte de Tel Aviv, em Israel, nesta segunda-feira (15/01).

Segundo o serviço israelense de resgate Magen David Adom, pelo menos 17 pessoas ficaram feridas no incidente em Raanana. A polícia israelense havia informado anteriormente que o número de feridos era de 13.

O comandante da polícia israelense, Avi Bitton, definiu o ocorrido como um "ataque terrorista muito sério", de acordo com relatos da mídia local.

Dois suspeitos palestinos que moram na cidade de Hebrom, na Cisjordânia, foram presos. Segundo a polícia, eles usaram carros roubados para atropelar pessoas em diversos locais. De acordo com os paramédicos, algumas vítimas também tinham ferimentos a faca.

Sete crianças e jovens estavam entre os feridos, informou o jornal Times of Israel, citando um hospital infantil. Um jovem de 16 anos está em estado grave. 

Entre os feridos, estão dois jovens de nacionalidade francesa, segundo o Ministério das Relações Exteriores da França, que condenou o episódio.

O grupo radical islâmicoHamas, considerado terrorista pela União Europeia, os Estados Unidos e outros países, saudou o ataque em Raanana, dizendo tratar-se de uma reação à "agressão contínua" contra o povo palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Palestinos mortos na Cisjordânia

Também nesta segunda-feira, três palestinos foram mortos na Cisjordânia por militares israelenses, em dois episódios distintos, segundo autoridades de saúde palestinas.

Dois jovens de cerca de 20 anos foram mortos durante uma operação militar de Israel em Dura, no sul da Cisjordânia, segundo testemunhas relataram à agência de notícias AFP.

"De repente, soldados chegaram em nossa vila e começaram a atirar em pessoas sem nenhum aviso", disse Mohammed Rabaei, diretor do hospital de Dutra. Outras nove pessoas ficaram feridas, das quais quatro em estado grave.

Na província de Tulkarm, no norte da Cisjordânia, um palestino também foi morto por militares israelenses, segundo autoridades palestinas. O exército de Israel não respondeu imediatamente a um pedido de comentário feito pela agência de notícias AFP.

Fila de veículos militares em estrada de areia
Veículos militares israelenses perto da fronteira da Faixa de GazaFoto: Tsafrir Abayov/AP/picture alliance

Mais de 24 mil mortos desde início do conflito

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro, quando mais de 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 250 foram feitas reféns – das quais cerca de 120 seguem em cativeiro em Gaza, segundo Israel, vivas ou mortas.

Nesta segunda-feira, o Hamas anunciou a morte de mais dois reféns homens. Em um vídeo divulgado pelo grupo radical, uma refém, identificada pela mídia israelense como Noa Argamani, de 26 anos, fala sob pressão que duas pessoas que estavam no mesmo cativeiro que ela haviam sido mortos.

Israel respondeu ao ataque de 7 de outubro com intensos bombardeios aéreos e uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza. O número total de palestinos mortos desde o início da guerra subiu nesta segunda-feira para cerca de 24.100, e o de feridos, para 60.834, segundo a autoridade de saúde de Gaza, controlada pelo Hamas. 

De acordo com o exército israelense, cerca de 9 mil membros do Hamas e de outros grupos teriam sido mortos desde o início da guerra. Os números não puderam ser verificados pela DW de forma independente.

bl/le (AFP, AP, dpa)