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Estrela do basquete dos EUA é libertada de prisão na Rússia

8 de dezembro de 2022

Presa em fevereiro, Brittney Griner foi condenada pela Justiça russa por porte ilegal de óleo de cânabis ao desembarcar em Moscou. Ela foi trocada por um traficante de armas russo que estava detido nos EUA havia 10 anos

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Brittney Griner algemada e puxada por uma policial através de um  corredor
Brittney Griner foi condenada a nove anos de prisão por porte e contrabando de drogaFoto: Evgenia Novozhenina/REUTERS

A estrela do basquete americano Brittney Griner foi libertada nesta quinta-feira (08/12) numa troca de prisioneiros com a Rússia e está a caminho dos Estados Unidos.

A troca envolveu o ex-traficante de armas russo Viktor Bout, que estava cumprindo uma sentença de 25 anos de prisão nos EUA. 

Segundo informações do Ministério do Exterior de Moscou, a troca de Griner por Bout ocorreu nesta quinta-feira no aeroporto de Abu Dhabi.

O presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice-presidente americana, Kamala Harris, falaram por telefone com Griner.

"Momentos atrás eu falei com Brittney Griner. Ela está segura. Ela está em um avião. Ela está a caminho de casa", escreveu o presidente americano no Twitter.

Pouco depois da publicação da mensagem, falando à imprensa na Casa Branca, Biden disse que os Emirados Árabes Unidos colaboraram para o acordo de libertação de Griner, agradecendo o país "por nos ajudar a facilitar o retorno de Brittney, porque foi lá que ela aterrissou". O governante informou que a atleta estaria em casa dentro de 24 horas.

Otimismo cauteloso antes do acordo

Autoridades russas e americanas expressaram otimismo cauteloso em semanas recentes, após meses de negociações tensas, com Biden dizendo em novembro estar esperançoso de que a Rússia aceitaria um acordo agora que as eleições de meio de mandato foram concluídas.

Um alto funcionário russo disse na semana passada que um acordo era possível antes do final do ano. Mesmo assim, o fato de o acordo ter envolvido uma troca de um por um foi uma surpresa, dado que as autoridades americanas expressaram por meses sua determinação de levar para casa tanto Griner quanto Paul Whelan, um executivo de segurança corporativa preso na Rússia desde dezembro 2018, sob acusações de espionagem que sua família e o governo dos EUA afirmam serem infundadas.

Óleo de cânabis na mala

Tricampeã da liga feminina da NBA e duas vezes medalhista de ouro nas Olimpíadas, Brittney Griner foi condenada em agosto a nove anos de prisão por porte e contrabando de droga após ser detida no aeroporto de Moscou em fevereiro, dias antes da invasão russa da Ucrânia, por portar em sua mala cartuchos com óleo de cânabis para serem usados em vaporizador.

Em julho, Griner confessou ser culpada pela posse dos cartuchos, mas disse que não tinha a intenção de infringir a lei russa. Ela afirmou ainda que era regularmente examinada por ligas dos EUA, da Rússia e da Europa e que havia recebido uma receita de um médico americano para usar cânabis medicinal para alívio da dor de suas múltiplas contusões. O uso de maconha medicinal não é permitido na Rússia.

Griner estava indo à Rússia para jogar basquete no time UMMC Ekaterinburg, fora da temporada da NBA, uma prática comum para estrelas americanas do esporte em busca de recursos financeiros adicionais.

Em outubro, um tribunal da Rússia rejeitou um recurso da atleta para que sua sentença de nove anos de prisão fosse reduzida. A corte de Krasnogorsk, perto de Moscou, decidiu manter "sem mudanças" o veredicto anunciado em agosto.

Em agosto, o governo em Moscou disse estar disposto a discutir uma possível troca de prisioneiros por Griner.

md (AFP, Reuters, DPA, ots)