Milhares voltam a protestar contra o Pegida na Alemanha
20 de janeiro de 2015Por causa da proibição pela polícia, não houve marchas nem do Pegida (Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente) nem dos opositores do movimento nesta segunda-feira (19/01) em Dresden, mas em outras cidades alemãs várias pessoas saíram às ruas – a maioria contra o Pegida.
A maior manifestação aconteceu em Munique, no sul da Alemanha, onde 12 mil pessoas saíram às ruas em favor de uma sociedade que integre e respeite refugiados e estrangeiros. Em Nurembergue, também na Baviera, cerca de 2 mil pessoas participaram de uma manifestação contra o extremismo de direita.
Em Wiesbaden, 10 mil pessoas protestaram contra o Pegida e a favor de uma sociedade mais tolerante com os estrangeiros.
Em Braunschweig, uma manifestação do Pegida foi cancelada pela polícia, que alegou elevado risco. Cerca de 250 pessoas estavam presentes. A manifestação contrária reuniu mais de 5 mil.
Em Magdeburg cerca de 600 simpatizantes do Pegida foram desafiados por cerca de 6 mil manifestantes contrários, e uma forte presença policial impediu que os dois grupos se encontrassem.
Em Leipzig, cerca de 5 mil manifestantes participaram da marcha contra o grupo Pegida. Houve manifestações semelhantes também em Bielefeld (com cerca de 10 mil participantes), Düsseldorf e Duisburg, além de várias outras cidades alemãs.
Pegida na Dinamarca e Noruega
Em Copenhague, centenas de pessoas participaram da primeira manifestação da versão local do Pegida. Segundo a polícia, a marcha na capital da Dinamarca reuniu em torno de 200 pessoas. Muitas exibiam cartazes em referência ao jornal Charlie Hebdo, vítima de um atentado terrorista, ou com declarações contra a violência e o racismo.
Já no bairro de Nörrebro, onde vivem muitos estudantes e estrangeiros, uma manifestação contrária reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a polícia. Houve protestos pró e contra o Pegida também em outras cidades da Dinamarca.
Na Noruega, a segunda manifestação do Pegida em Oslo reuniu cerca de 70 pessoas nesta segunda-feira, bem menos do que as 200 da semana passada. Ao protesto contrário compareceram em torno de 200 manifestantes, segundo a polícia.
AS/dpa/afp