O que acontece com os técnicos da Copa do Mundo?
13 de julho de 2006Um dia após os anúncios de Jürgen Klinsmann (Alemanha) e Marcello Lippi (Itália) de que deixam o cargo de treinadores de suas seleções, pergunta-se quais serão as próximas mudanças nos demais 30 times que disputaram a Copa do Mundo. Até agora, apenas dez seleções mantiveram o mesmo técnico.
No Brasil, por exemplo, a dúvida é quanto ao futuro de Carlos Alberto Parreira. Ao que parece, uma conversa com Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, é o que falta para oficializar sua saída. Parreira, que levou o Brasil ao tetra em 1994, foi o responsável pela péssima campanha da seleção na Copa do Mundo na Alemanha, criticado por manter jogadores lentos, mas com nome, em vez de investir nos jovens com sede de gols. O Brasil foi eliminado nas quartas-de-final pela França.
Outro brasileiro também ainda não tem seu futuro definido. Luis Felipe Scolari, que em 2002 levou o Brasil ao penta, já manifestou seu desejo de permanecer comandando a seleção de Portugal. A decisão quanto ao destino de Felipão deve ser conhecida nos próximos dias.
Durante a Copa, o alemão Otto Pfister protagonizou muita polêmica juntamente com os jogadores de sua equipe, o Togo. Como não chegaram a um acordo com relação ao valor da premiação pela participação no torneio, o técnico chegou a pedir demissão na véspera da estréia, mas mudou de idéia e acabou seguindo com o time, enquanto os jogadores ameaçaram um boicote (ato que seria inédito na história das Copas). Mas o Mundial terminou, e o futuro de Pfister continua indefinido.
Klinsmann acabou não cedendo às pressões da torcida, mídia e dirigentes alemães para que seguisse comandando o time. O treinador, que passou de vilão a herói, deixou o cargo e deve voltar para os Estados Unidos, onde reside com a família. No entanto, a Alemanha não precisa se preocupar. Seu substituto, Joachim Löw, então assistente técnico da seleção, deverá manter o mesmo trabalho, considerado renovador.
Confira abaixo a situação dos 32 técnicos que atuaram na Copa.
Permanecem no cargo (10)
Angola: Luis Oliveira Gonçalves
Arábia Saudita: Marcos Paquetá
Croácia: Zlatko Kranjcar
Espanha: Luis Aragones
França: Raymond Domenech
Holanda: Marco van Basten
República Tcheca: Karel Bruckner
Suíça: Kobi Kuhn
Tunísia: Roger Lemerre
Ucrânia: Oleg Blokhin
Deixaram o cargo (14)
Alemanha: Jürgen Klinsmann, substituído por seu assistente Joachim Löw
Argentina: Jose Pekerman
Austrália: Guus Hiddink, saiu para treinar a seleção da Rússia
Coréia do Sul: Dick Advocaat, substituído por seu assistente Pim Verbeek
Costa Rica: Alexandre Guimarães
Costa do Marfim: Henri Michel
Irã: Branko Ivankovic
Itália: Marcello Lippi
Inglaterra: Sven Goran Eriksson, substituído por seu assistente Steve McClaren
Japão: Zico
México: Ricardo La Volpe
Polônia: Pawel Janas, substituído por Leo Beenhakker
Sérvia e Montenegro: Illija Petkovic
Trinidad e Tobago: Leo Beenhakker, saiu para treinar a Polônia e foi substituído por seu assistente Wim Rijsbergen
Futuro ainda indefinido (8)
Brasil: Carlos Alberto Parreira
Equador: Luis Fernando Suarez
Estados Unidos: Bruce Arena
Gana: Ratomir Dujkovic
Paraguai: Anibal Ruiz
Portugal: Luiz Felipe Scolari
Suécia: Lars Lagerback
Togo: Otto Pfister