Schröder vê solução breve para crise sul-americana
28 de junho de 2002Após o encerramento da conferência do G-8, o chefe de governo alemão afirmou em Calgary (Canadá), que confia numa solução para os problemas argentinos dentro em breve. A declaração de Gerhard Schröder foi uma alusão à ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao governo da Argentina, que ainda está bloqueada. A liberação do crédito depende ainda da assinatura de um acordo de estabilização entre o governo central de Buenos Aires e das províncias argentinas.
O tema da economia latino-americana foi levado à conferência de cúpula do G-8 por interferência do atual presidente da União Européia, o primeiro-ministro espanhol José Maria Aznar, e fez parte dos debates a portas fechadas entre os chefes de Estado e de governo das sete principais nações industrializadas do mundo e da Rússia.
Nenhum dos participantes do encontro quis manifestar-se detalhadamente sobre a questão. "É preciso ter cuidado, para não provocar turbulências através de comentários", afirmou Gerhard Schröder. A questão foi abordada, contudo, de forma velada, na declaração final da conferência de cúpula do G-8: "Apoiamos países emergentes, inclusive o Brasil e outros países na América Latina, nos seus esforços por uma política adequada."
Otimismo com a economia mundial
Partindo da previsão de crescimento do governo americano para a economia dos Estados Unidos – entre 3% e 3,5% em 2002, os oito chefes de Estado e de governo reunidos em Kananaskis manifestaram otimismo com o desenvolvimento da economia mundial. O impulso proveniente do mercado estadunidense poderá dar novo alento à conjuntura internacional, praticamente paralisada há vários meses.
O chanceler federal alemão citou uma eventual alta do preço do petróleo como fator de insegurança na evolução econômica mundial, mas chamou atenção para a previsão do FMI, de um vigoroso impulso conjuntural no segundo semestre do ano. O Fundo Monetário Internacional prognosticou para a economia mundial um crescimento de 2,9%, em 2002, e até mesmo de 4,1% no ano que vem.