Crise financeira
23 de dezembro de 2010Apesar dos protestos de milhares de gregos diante do Parlamento em Atenas, a maioria socialista dos deputados do partido do chefe de governo, George Papandreou, conseguiu aprovar o orçamento da Grécia para o próximo ano.
O controvertido orçamento foi tema de debates, em parte acalorados, durante cinco dias no Parlamento grego. Ele prevê a economia de quase 15 bilhões de euros para o saneamento das finanças do país, cuja dívida supera os 300 bilhões de euros.
A intenção é reduzir o déficit público para 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. Em 2009, ele havia sido de 15,4%, e para 2010 são estimados 9,4% do PIB.
Ajuda de UE e FMI
Os setores mais atingidos pelos cortes são o de Saúde (2,1 bilhões de euros a menos) e o de Defesa (500 milhões de euros a menos). As aposentadorias foram congeladas e o governo já não descarta a possibilidade de demitir funcionários públicos não concursados.
Já ao longo de 2010, Atenas havia tomado algumas medidas de economia, como cortes de até 20% nas aposentadorias e nos vencimentos dos servidores públicos. Além disso, muitos produtos, entre os quais também alimentos, terão o Imposto sobre Valor Agregado reajustado em até 23%.
O austero pacote orçamentário foi aprovado por 156 contra 142 votos. Ele fora estabelecido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como condição para a concessão de créditos de 110 bilhões de euros em três anos, como forma de ajudar o país a sair da crise.
As negociações no Parlamento foram marcadas por protestos da população e greves dos funcionários dos transportes públicos.
RW/rdt/dpa
Revisão: Carlos Albuquerque