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Torcida pode fazer a diferença para o Brasil na Copa, diz Bierhoff

Herbert Schalling (mas)6 de junho de 2013

Coordenador técnico da equipe alemã afirma que time de Joachim Löw aprendeu com erros recentes e o coloca entre os favoritos ao título. Ele acha que atmosfera positiva pode favorecer a Seleção.

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Foto: picture-alliance/dpa

A seleção alemã vive um dos momentos mais favoráveis de sua história recente. O time do técnico Joachim Löw lidera com folga seu grupo nas Eliminatórias; aparece atrás apenas da Espanha no ranking da Fifa; e, para muitos, tem o melhor elenco – formado, sobretudo, pela base de Borussia Dortmund e Bayern de Munique, finalistas da Liga dos Campeões deste ano.

O coordenador técnico da Alemanha, Oliver Bierhoff, sabe da força de seu time e, em entrevista à DW, não duvida de apontá-lo como um dos favoritos ao título em 2014. A seleção alemã, afirma, aprendeu com erros recentes e tem chances reais de conquistar o primeiro título de um europeu em um Mundial nas Américas.

Segundo ele, um dos principais obstáculos aos alemães serão justamente os donos da casa. “Nós já vimos isso em muitos torneios: quando a torcida cria uma atmosfera favorável, então o time acaba sendo impulsionado”, diz o ex-atacante.

DW: A um ano da Copa, que seleções você apontaria como favoritas?

Oliver Bierhoff: Estamos entre os favoritos. E isso é fruto do nosso trabalho. Mas ainda é cedo para dizer. Jamais um time europeu foi campeão mundial na América. Queremos ser os primeiros, mas os sul-americanos, principalmente Brasil e Argentina, virão não só com uma motivação alta, mas também com um sentimento especial por jogarem em casa. Nós já vimos isso em muitos torneios: quando a torcida cria uma atmosfera favorável, então o time acaba sendo impulsionado. Acredito que estamos, ao lado de Brasil e Argentina, e também dos espanhóis e dos italianos, entre os favoritos.

Fußballfans in Brasilien Fußball-WM 2010
O coordenador técnico alemão confia no sucesso da organização dos jogosFoto: picture-alliance/dpa

A Alemanha está fora da Copa das Confederações. Vocês gostaria de ver mais testes contra seleções de ponta antes do Mundial?

Claro. Isso significaria que fomos campeões europeus no ano passado. Assim, já teríamos um título no bolso. Mas perdemos. Participamos da Copa da Confederação uma vez em nosso próprio país e fomos alvo de críticas. É sempre bom sentir o clima e usar um torneio como esse como teste, mas, por outro lado, sem ele, os jogadores podem tirar férias mais longas. E isso pode ser muito importante depois de uma extensa temporada.

A Alemanha lidera com folga seu grupo nas Eliminatórias. O cenário parece bastante positivo, como em 2011, um ano antes da Eurocopa que vocês acabaram perdendo. É possível apontar algum problema hoje na seleção alemã?

Quando olhamos para os últimos dois anos, há dois pontos principais. Um é que, numa partida que dominamos, é preciso decidí-la de forma rápida e clara. Dessa maneira, o adversário não tem tempo de se recuperar. Mas o que aconteceu diversas vezes foi que não aproveitarmos as oportunidades e deixamos o oponente se aproveitar. O outro lado é que, se perdemos o domínio do jogo, temos a capacidade de retomá-lo rapidamente. Às vezes, nós precisamos de muito tempo para retomar o ritmo do jogo e isso já colocou nossas vitórias em risco.

O que você espera da Copa de 2014 como evento?

Estou convencido que será uma grande Copa do Mundo. No Brasil, a Copa acontece e é festejada nas ruas. Quando estivemos no país recentemente, não tivemos a chances de perceber muita coisa, mas vimos a alegria das pessoas. Vimos o que o futebol e a música significam para elas. Isso traz alegria para suas vidas cotidianas. Eu acredito que a Copa do Mundo no Brasil vai potencializar o evento no futuro. Não me preocupo, tudo vai funcionar.

Você esteve no Brasil em busca de uma base para a seleção alemã. Suas expectativas foram correspondidas?

Deutsche Fussballspieler im Ausland
Para Bierhoff, a Alemanha é uma das favoritas, ao lado de Brasil, Argentina, Itália e EspanhaFoto: picture-alliance / augenklick/firo Sportphoto

Cada país tem sua particularidade. Foi interessante para mim e para a minha equipe viajar e conhecer as diferentes partes do Brasil. O país é realmente diverso. As reivindicações sobre o alojamento são sempre as mesmas. Queremos uma atmosfera legal e positiva. Precisamos também de isolamento. O local deve ser perto do aeroporto e ter um campo de treinamento. Não queremos ter que dirigir 20 minutos todos os dias para treinar.

Uma decisão já foi tomada?

No Brasil, não temos tantas opções como na Alemanha, mas temos mais do que na África do Sul. Ainda não chegamos a uma decisão, mas temos visto alternativas interessantes.

Existe alguma região favorita?

O problema é que temos que decidir mesmo sem saber em qual grupo estamos e exatamente onde vamos jogar. Há longas distâncias e longos voos. Assim, excluímos o extremo norte e sul do país. Se ficarmos na região entre São Paulo, Rio e Salvador, o tempo de voo será menor.